Longe de mim gatomestrar que o Flamengo tomou jeito e que estamos a alguns meses do hepta de futebol masculino conquistado em campeonatos brasileiros disputados com o nome de campeonato brasileiro, sem a doação de títulos discutíveis e ilegítimos. Mas não dá pra negar que o time parece mesmo ser outro. E não se trata somente de troca de metade dos gênios. Falo de postura tática, de padrão mínimo de jogo, de minimização de erros. Isso é coisa pra quem entende de futebol, o que de longe é o meu caso. Mas ver o meia na meia, o atacante no ataque, o goleiro debaixo do gol são algo que não se viu no Flamengo 2012 ainda. Contra o Figueira, houveram certos avanços, e até pra mim, que não saco nada, posse da bola, viradas de jogo, poucos erros individuais (sim, eram muitos e resultavam sempre em gol) e poucos passes errados são sinônimo de avanço. É bem verdade que o adversário não oferecia resistência, feito que só encontrou eco no jogo contra o Vice. Ganhamos do lanterna do campeonato. Nada, nada, não é nada mesmo.
Além disso tudo, o Vágner Love, que errou tudo o que fez desde a quinta rodada, marcou, passou a acertar menos que errar, e marcou de novo. Não foi espetacular, mas foi Vágner Love, o que é ótimo pras hostes flamengas.
Confesso que temi a escalação inicial com cara de time-que-precisa-empatar-no-final-do-segundo-tempo, com Adryan e Negueba de cara. Mas não foi ruim, principalmente em relação ao segundo. Correu como sempre, mas conseguiu vencer a afobação característica e honrou sua escalação. O xará Cáceres entrou como se jogasse alí há anos, deu um ritmo bacana ao meio e uma segurança que a zaga nunca teve. Estrelinhas pro Dorival. Estranhei um pouco a troca do goleiro, mas ficou claro, durante o jogo, que algumas defesas e, mais especificamente, saídas do gol e de bola não seriam feitas de forma tão competente pelo Paulo Victor como foram pelo Felipe. Outra estrelinha.
Como capítulo, no caso, parágrafo, à parte, duas ou três letras sobre o menino Thomás. Sabe muito, não tem medo, apanha calado e continua indo pra cima. Nada de mimimi, de passe de lado, de esperar bola no pé. É jogo vertical, pra dentro dos nego, ‘romual’ gol, moleque!. Firula, só quando necessária, como foi na chapeleta dupla sobre o pobre naufra que o marcava. Show bagarai!
Tirar alguns figurões, como o filho do Ib foi bom, fez bem até pra ele. Ponto! Falta o mesmo com o Léo, que não é mais Léo.
Pra finalizar, não é o lugar certo e nem o ideal falar do que não é Flamengo. Mas chupa, Loco! Além do mico de não acertar nada mais uma vez desde a Copa da África, o filhote de cruz-credo inventou de peitar a única instituição que não se aconselha fazer isso. A Magnética não gosta e não pode ser provocada. Dá no que deu, humilhação pública, cartão amarelo e um dos maiores desrespeitos que já vi em campo. Não à gente, que não liga muito pra babaquice de sei-lá-quemzinho, mas ao Figueirense, que não merece ter um jogador usando sua camisa e beijando o escudo de outra. Ainda mais do Foguinho. Ainda mais por que o maior feito dele contra o Flamengo foi um pênalti de cavadinha. Lamentável e muito, muito engraçado.
Flamengo até morrer!